As eleições para os
cargos de presidente, vice-presidente, secretário geral, presidentes das
doze comissões episcopais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
(CNBB) iniciam-se hoje, 20 de abril. Também serão escolhidos os
delegados que representarão a CNBB junto ao Conselho Episcopal
Latino-Americano (Celam) e à 14 Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos,
que ocorrerá em outubro, no Vaticano.
As eleições podem
prosseguir até o dia 23 de abril e seguem normas específicas do Estatudo
Canônico da CNBB. Podem votar somente os membros efetivos da
Conferência dos Bispos, ou seja, os bispos diocesanos e coadjutores,
bispos auxiliares, bispos titulares que exerçam um ofício especial,
confiado pela Santa Sé ou pela CNBB, além dos prelados das Igrejas
orientais católicas. De acordo com dados da Conferência, do mês de
abril, há 313 bispos na ativa, incluindo os cardeais e arcebispos.
Os bispos eméritos somam
cerca de 140, mas não têm direito a voto e também não podem ser votados
para cargos da CNBB, assim como os bispos recém nomeados que ainda não
tomaram posse e que, portanto, ainda não são membros da Conferência.
Conforme o Estatuto
Canônico, o voto é secreto e direto. Na contagem dos votos são
consideradas as abstenções e votos nulos, a fim de calcular o número de
votantes, respeitando a maioria exigida. A Assembleia só poderá
deliberar ou eleger, se estiver presente a maioria absoluta dos membros.
Todos os bispos da Conferência poderão ser votados, exceto os eméritos.
O mandato tem duração de quatro anos, sendo permitida uma única
reeleição consecutiva para o mesmo cargo. Ao serem eleitos, os bispos
irão exercer os cargos para os quais foram designados, porém continuam
em suas arqui(dioceses).
As eleições para cada
cargo ocorrerão em votações separadas. A primeira eleição é para
presidente, depois vice-presidente e, posteriormente para
secretário-geral da CNBB, considerando a maioria de dois terços dos
votantes, no primeiro e segundo escrutínio; e por maioria absoluta dos
votantes, no terceiro ou quarto escrutínio. Caso seja necessário, se
fará o quinto e último escrutínio entre os dois candidatos mais votados
no segundo escrutínio.
Fonte:CNBB